quinta-feira, 14 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
A Carta
Hoje conversa com um amigo-cliente sobre a delicia de receber cartas...ler a palavra escrita pela mão da propria pessoa , sentir o que ela -ao escrever- sentia...
Ouvir o pulsar oculto na sua caligrafia rapida..Traduzir e ouvir o timbre de sua voz que naquele dia o amigo(a) trazia.
Tudo assassinado pela tecnologia.
Mas precisava elaborar- na tentativa- o que tenho sentido. Recorri então a uma velha amiga a PALAVRA. Viva ela ecoa dentro de mim e me diz desdito: “para com isso, tu és uma aposta muito alta a pagar, volta pra sua vida.”
Exato.
Então que vertigem é esta em que se pôs meu organismo? De que maneiras as propiocepções do meu corpo foram afetas por e esses encontros?
Nao sei.
Sera os planos que fizemos?
Sera a sensibilidade desta era da vida?
A certeza que é poderosa e avassaladora sensaçao que me provoca o olhar daquela mulher que as vezes parece uma menina.
O que me intriga é saber de onde vem a sensaçao estranha de uma imagem que invade a minha mente quando eu tinha levado a propria mente pra passear, e dela estava distraido?
Nao sei.
E essa inquietaçao do meu corpo que, apesar de todas as ofertas e cantadas e retornos –de-passado e elogios quer acalma-se apenas na desordem do corpo dela? Nao sei.
Apenas sei que gosto daquelas convinhas , daquele olhar de canto, quase escondido,e que, quando pousa em mim, tem um misto de entrega, ternura , desejo, carinho...
Apenas sinto que das poucas vezes em que ficamos juntos, seu corpo menor que o meu parecia infinitamente maior. Maior numa proporçao quase infinita que me ancorava, acolheia.
E ainda sei que quando me domina o desejo este desejo é integra-la à mim. Repousar-me dentro, entre, EM ti. Vontade de seguir a rota do seu corpo e deixar-me evolver em algumas de suas partes e depois...voltar a vida, digerido... sei disso..
Que ternura é esta de vontade de estar junto de dividir, dividir , dividir...
Ainda conversando comigo: “ Zeca , volta pra realidade, ela faz comparaçoes com os ex a quase todo momento.
Sua vida desregrada magoa-a. Sua inercia, falta de coragem, o ‘pavonismo’ pra dançar...”
Respondo: “Não é bem assim negão. Ela tem lá as feridas delas tambem tenho as minhas. Mas a vida cura as feridas da gente. bAsta dar uma lambidinha. E a vida des regrada ja deu, ja chega. EU NÃO QUERO MAIS “.
Foi um grande vacilo aquela fatidica quinta-feira, mas a magoa deve ser muito grande.
Ela vai viajar. Certa vez me disse que poderia ser melhor pra nós;
Espero.
Ouvir o pulsar oculto na sua caligrafia rapida..Traduzir e ouvir o timbre de sua voz que naquele dia o amigo(a) trazia.
Tudo assassinado pela tecnologia.
Mas precisava elaborar- na tentativa- o que tenho sentido. Recorri então a uma velha amiga a PALAVRA. Viva ela ecoa dentro de mim e me diz desdito: “para com isso, tu és uma aposta muito alta a pagar, volta pra sua vida.”
Exato.
Então que vertigem é esta em que se pôs meu organismo? De que maneiras as propiocepções do meu corpo foram afetas por e esses encontros?
Nao sei.
Sera os planos que fizemos?
Sera a sensibilidade desta era da vida?
A certeza que é poderosa e avassaladora sensaçao que me provoca o olhar daquela mulher que as vezes parece uma menina.
O que me intriga é saber de onde vem a sensaçao estranha de uma imagem que invade a minha mente quando eu tinha levado a propria mente pra passear, e dela estava distraido?
Nao sei.
E essa inquietaçao do meu corpo que, apesar de todas as ofertas e cantadas e retornos –de-passado e elogios quer acalma-se apenas na desordem do corpo dela? Nao sei.
Apenas sei que gosto daquelas convinhas , daquele olhar de canto, quase escondido,e que, quando pousa em mim, tem um misto de entrega, ternura , desejo, carinho...
Apenas sinto que das poucas vezes em que ficamos juntos, seu corpo menor que o meu parecia infinitamente maior. Maior numa proporçao quase infinita que me ancorava, acolheia.
E ainda sei que quando me domina o desejo este desejo é integra-la à mim. Repousar-me dentro, entre, EM ti. Vontade de seguir a rota do seu corpo e deixar-me evolver em algumas de suas partes e depois...voltar a vida, digerido... sei disso..
Que ternura é esta de vontade de estar junto de dividir, dividir , dividir...
Ainda conversando comigo: “ Zeca , volta pra realidade, ela faz comparaçoes com os ex a quase todo momento.
Sua vida desregrada magoa-a. Sua inercia, falta de coragem, o ‘pavonismo’ pra dançar...”
Respondo: “Não é bem assim negão. Ela tem lá as feridas delas tambem tenho as minhas. Mas a vida cura as feridas da gente. bAsta dar uma lambidinha. E a vida des regrada ja deu, ja chega. EU NÃO QUERO MAIS “.
Foi um grande vacilo aquela fatidica quinta-feira, mas a magoa deve ser muito grande.
Ela vai viajar. Certa vez me disse que poderia ser melhor pra nós;
Espero.
sábado, 9 de abril de 2011
acrobatas
Os acrobatas
Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse física dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO.
Subamos!
Subamos acima
Subamos além, subamos
Acima do além, subamos!
Com a posse física dos braços
Inelutavelmente galgaremos
O grande mar de estrelas
Através de milênios de luz.
Subamos!
Como dois atletas
O rosto petrificado
No pálido sorriso do esforço
Subamos acima
Com a posse física dos braços
E os músculos desmesurados
Na calma convulsa da ascensão.
Oh, acima
Mais longe que tudo
Além, mais longe que acima do além!
Como dois acrobatas
Subamos, lentíssimos
Lá onde o infinito
De tão infinito
Nem mais nome tem
Subamos!
Tensos
Pela corda luminosa
Que pende invisível
E cujos nós são astros
Queimando nas mãos
Subamos à tona
Do grande mar de estrelas
Onde dorme a noite
Subamos!
Tu e eu, herméticos
As nádegas duras
A carótida nodosa
Na fibra do pescoço
Os pés agudos em ponta.
Como no espasmo.
E quando
Lá, acima
Além, mais longe que acima do além
Adiante do véu de Betelgeuse
Depois do país de Altair
Sobre o cérebro de Deus
Num último impulso
Libertados do espírito
Despojados da carne
Nós nos possuiremos.
E morreremos
Morreremos alto, imensamente
IMENSAMENTE ALTO.
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